Estudos comprovam os danos causados pela maconha




O Portal da Educação publicou o resultado de uma pesquisa a qual mostra que a maconha causa danos ao cérebro. Um recente estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) analisou usuários de maconha e os danos que a droga pode causar no cérebro, principalmente para as pessoas que começaram a fumar cedo.

Para a realização da pesquisa, foram avaliados 173 usuários crônicos de maconha, comparados a um grupo de 55 pessoas não usuárias como forma de controle. Maria Alice Fontes, neuropsicóloga e autora da pesquisa, constatou que o grupo que consumia maconha teve maiores prejuízos fazendo a comparação com os não usuários. "O uso de drogas é prejudicial em qualquer fase da vida e, segundo este estudo, até mesmo as pessoas que já a abandonaram, continuam apresentando os efeitos que a droga pode causar", explica o enfermeiro e tutor do Portal Educação, Alisson Daniel. A pesquisa também mostrou que os problemas causados pela maconha são permanentes e acumulativos. Vale ressaltar que as pessoas avaliadas no estudo também se submeteram a testes após um período de abstinência.

Em outra importante pesquisa, realizada na Nova Zelândia e publicada no portal da BBC, foi constatado que um único cigarro de maconha pode causar aos pulmões os mesmos danos de cinco cigarros de tabaco.

O estudo, liderado por uma equipe do Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia, analisou os efeitos provocados pela maconha e o tabaco em 339 voluntários. Os participantes foram divididos em quatro grupos: os que fumavam somente maconha, os que fumavam apenas tabaco, os usuários das duas substâncias e os não fumantes. Os cientistas, cuja pesquisa foi publicada na revista Thorax, realizaram radiografias pulmonares e testes de respiração com os voluntários para averiguar o tamanho dos danos causados aos pulmões.

Eles perceberam que a maconha tinha afetado diretamente o sistema respiratório, reduzindo o número de bronquíolos - responsáveis pelo transporte de oxigênio e toxinas para dentro e para fora das veias do pulmão – e prejudicando a função dos brônquios, obstruindo a entrada de ar e forçando o pulmão a trabalhar mais.


No entanto, há algumas correntes ideológicas que propõem o uso “moderado” da maconha, como uma alternativa ao vício e uma defesa à descriminalização do uso. Porém, já é comprovado cientificamente que mesmo o consumo moderado de maconha também causa danos no cérebro. É o que uma pesquisa publicada no portal Uol confirma, conforme transcrita abaixo.


Lembrar-se de informações simples do dia a dia e realizar atividades que demandem planejamento e gerenciamento nem sempre é fácil. Para usuários de maconha esse processo pode ser ainda mais complexo. A conclusão é da tese de doutorado da neuropsicóloga Maria Alice Fontes, do Laboratório de Neurociências Clínicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A pesquisadora avaliou usuários crônicos de maconha com idade entre 18 e 55 anos. Ela separou os voluntários de acordo com o tempo de uso da droga: início precoce (antes dos 15 anos), início tardio, abstinentes há mais de sete dias e não usuários.


O estudo aponta os prejuízos gerados pela substância nas chamadas “funções executivas” do cérebro – que nos possibilitam processar e organizar novas informações recebidas diariamente e necessitam da memória operacional, da atenção sustentada, da inibição dos impulsos, da fluência verbal e do pensamento abstrato. Precisamos dessas habilidades, por exemplo, para calcular e resolver equações. Os danos causados pela maconha podem ser ainda mais graves se o uso começar antes dos 15 anos, de forma crônica, pois pode causar efeito tóxico e cumulativo da substância no cérebro ainda em desenvolvimento.

Maria Alice verificou que a utilização considerada leve (cerca de dois cigarros por dia), porém crônica, provoca déficits no armazenamento de informações e dificuldade de evocação da memória, mesmo após um tempo médio de 14 dias de abstinência. “É fundamental a avaliação neuropsicológica para prevenir danos e favorecer a aderência do tratamento dos dependentes químicos”, afirma a pesquisadora. Ela ressalta ainda que as perdas cognitivas também fazem com que o paciente tenha mais recaídas e desista do tratamento.

Portanto, não restam dúvidas de que o uso da maconha mesmo que em diferentes níveis, quantidades e objetivos, causam  danos irreversíveis, acumulativos e permanentes ao estado psíquico, emocional e físico de uma pessoa.




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