Espiritualidade para o Natal
A tradição
cristã tem como ponto culminante do Natal a encarnação de Cristo, ou, Deus
entre os homens. Revelando-se assim, o Emanuel, o Deus conosco (Mateus 1.23). O
Deus que caminha junto com a humanidade. Que não somente a cria e conduz toda a
sua história, mas principalmente, participa dela; sentindo suas dores, sua
fadiga, suas necessidades e conflitos bem de perto, mais exatamente, em sua
própria carne, e fazendo disto sua missão, dizendo: “... o próprio Filho do
homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos” (Marcos 10.45).
O Natal
nos revela em forma de memorial, celebrativo e festivo, o Deus que desce, desce
das alturas celestiais para humanidade, toma a forma humana como prenuncio, de
também tomar as suas dores, e assim, intervém em sua história, a fim de
resgatá-la de seu sofrimento.
O Natal
demonstra que Deus como criador, não deixou a humanidade alheia e entregue a
sua própria sorte; mas antes, interveio concretamente em sua trajetória, tomando
sua forma e disposto a salvá-la.
Por meio
do nascimento de Cristo, Deus não desceu até a humanidade apenas em linguagem
antropomórfica, mas, veio em carne, nasceu como criança, viveu como homem,
encarnando não somente nossa forma, mas também, o sofrimento de nossa
humanidade, tomando sobre si nossas dores e transgressões, e nos dando
gratuitamente sua paz. (conforme Isaías 53 e 1Pedro 2.22-25).
Assim, por
meio do menino que nos nasceu (Isaías 9.6), o Emanuel, o Deus conosco, temos a certeza de que não estamos sós. Deus caminha
ao nosso lado durante toda nossa jornada, e disso deu provas por meio do caminho de
Emaús, demonstrando que mesmo depois de ressuscitado, ele caminha ao lado.
(Lucas 24.13-31); paciente, benigno, atento aos nossos questionamentos, sempre
pronto a esclarecer, amigo sempre pronto para a comunhão e a partilha do pão.
Assim, o
Natal revela que Deus, o Cristo, veio até nós e está no meio de nós,
partilhando desde nossas dores e sofrimento, até nossas virtudes, de forma tão
vívida que pode dizer: “... tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me
destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes;
enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.” (Mateus 25.35-36).
Portanto,
o Natal nos traz o profundo significado da vinda de Deus até nós e por isso dia
de grande alegria (Lucas 2.10), trazendo a certeza de que Deus não somente
conduz a história da humanidade, mas também, participa dela, caminhando ao seu
lado e trazendo-lhe a salvação.
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