Pesquisa Amor-Exigente
Pesquisa
realizada pelo Amor-Exigente e publicada no portal do INPAD (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras drogas) e da
UNIAD (Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas), aponta os seguintes dados:
As
mulheres buscam mais ajuda aos seus familiares (principalmente filhos e
maridos) dependentes químicos (61% do total de familiares atendidos). Na
maioria das vezes, essas mulheres são o suporte financeiro da família.
A
distribuição das idades dos usuários situa-se primordialmente entre 16 e 33
anos, havendo maior concentração na faixa etária dos 25 aos 29 anos. 64% dos
usuários apresentam entre 5 e 20 anos de uso, havendo grande concentração de
usuários com 10 anos de tempo de uso.
Em 68% dos
casos, a descoberta do uso foi feita por um familiar que percebeu sinais e
mudanças comportamentais.
As drogas
mais frequentemente consumidas são:
Maconha:
67% e/ou;
Cocaína:
63% e/ou;
Álcool:
47% e/ou;
Crack: 38%.
As drogas
relatadas como sendo as de preferência são:
Maconha:
29%;
Cocaína:
27%;
Crack: 20%;
Álcool:
18%.
Na opinião
do familiar entrevistado, entre os fatores que contribuíram para o uso da
droga, os mais importantes são a baixa auto-estima, um fator individual, que
foi apontado por 36%, e aqueles ligados à pressão do ambiente, como a
“influência de más companhias”, relatado por 30%.
24% dos
familiares têm conhecimento da presença de transtorno psiquiátrico associado à
dependência química do paciente. Transtornos psiquiátricos comuns como
Depressão, Ansiedade e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, foram
citados com frequência. No entanto, a presença significativa de doenças
psiquiátricas mais graves como esquizofrenia, TAB e outros transtornos
psicóticos são dignos de nota.
Estima-se
que o impacto da dependência química extrapolou o núcleo familiar principal em
cerca de 70% dos casos, numa clara demonstração da extensão do impacto desse
problema.
O
sentimento manifesto pelos familiares entrevistados em relação à dependência
química é principalmente de ”tristeza” (134 famílias) acompanhado da “sensação
de impotência” (126 famílias).
As
modalidades de tratamento procuradas pelos pacientes são:
Internação:
56% e/ou;
Psicólogos
ou terapeutas: 54% e/ou;
Religião:
50% e/ou;
Psiquiatra:
31%.
É
importante notar que 61,6% não conhecem os Centros de Atenção Psicossocial para
Dependentes de Álcool e de Drogas (CAPS-AD). A maior divulgação dos recursos de
tratamento já existentes, além, obviamente, da ampliação desses recursos que
atualmente são bastante deficitários em relação à demanda total, poderia
melhorar esse cenário.
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